quinta-feira, 17 de julho de 2014

Se eu soubesse como era bom!


Reprodução: Imagens arq.16

Hoje fique de frente com a minha infância, foi um misto de emoções ao olhar a doçura e a inocência de uma menininha loira, de pela clara, diante de meus olhos.

Era como se um portal de 20 anos atrás tivesse aberto bem na minha frente.

A menininha era de uma delicadeza, de uma curiosidade, nada passava sem ser observado por aqueles olhinhos claros.

Ela me fez recordar nitidamente das vezes que me sentava no banco de trás do carro, enquanto minha mãe dirigia ao som da rádio Alfa e eu olhava curiosa tudo ao meu redor!

Hoje eu sei como o mundo era leve, cada cor, cada pessoa, cada gesto, tudo tão novo pra mim, qualquer coisa era motivo de encanto, alegria e emoção.

A menina de hoje não largava uma boneca, loirinha como ela, tão cuidadosa, era o puro extinto maternal nas mãos da inocência.

Eu na idade dela só tinha a preocupação de brincar, me divertir, inventar, sonhar! Eu podia me permitir viver num mundo da Lua, na alienação, sem ter ideia das maldades da vida.

Só consigo lembrar de como era boa a comida da vovó, a hora de brincar com a mamãe e esperar o papai chegar do trabalho pra pular em suas costas e correr pela casa de cavalinho.

Foi quando de repente um clarão bateu em meus olhos, aquela menininha estava ali, paralisada, olhando pra mim, como se estivesse na mesma órbita que a minha. Enquanto isso no meu playlist Lana Del Rey fazia a parte fúnebre das minhas memórias e me ajudava a recordar que o tempo passou e que se eu tivesse ciência do quão bom é ser criança, jamais teria desejado um dia ser adulta!

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